Seeking for oneness

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Franchi
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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 23, 2025 8:01 pm

Ou um Monólogo disfarçado de diálogo, hahaha
kkkkkkkkkk... a conversa está acontecendo, mas quem está falando com quem????? É tudo tão surreal quanto nossa existência...
Exatamente! A situação só "existe" como um conceito, uma narrativa mental que depende do personagem para ser re/criada. Sem a identidade ou o pensamento que a sustenta, ela não tem substância real. Então não ha com o que se preocupar.
É incrível o poder de transformação que isso tem... A vida fica muito mais leve !!!!
E essas series de situações do dia a dia (como as que você mencionou que está passando) surgem naturalmente, como ondas no oceano. Elas simplesmente acontecem... Aí a mente tende a criar histórias sobre essas situações, conectando-as a uma ideia de 'eu' e ao que 'deveria' ou 'não deveria' acontecer... Essas histórias são tipo camadas de interpretação que cobrem a experiência direta da vida, criando separação, conflito e identificação.
É verdade e cada vez me sinto mais tranquilo em relação a esses "movimentos", sempre lembrando o caráter de temporariedade e superficialidade que eles tem... A nossa natureza está na profundidade do mar e não na volatilidade da superfície!!!
A chave para liberar essa identificação é ver diretamente na experiência, que esses pensamentos e histórias não pertencem a ninguém. Surgem de forma impessoal, como nuvens passando no céu. Não há um 'eu' sólido por trás deles, nenhum 'dono' que os controle ou seja afetado por eles de forma definitiva. Quando você olha de perto, percebe que o 'eu' que parece tão real é apenas outro pensamento, outra história.
Sim, a "impessoalidade" para mim é o essencial, pois assim a gente quebra os mecanismos de julgamento, acusação, defesa, etc...
E ao ver isso claramente, a identificação com os pensamentos perde força...E nesse espaço de clareza, a presença emerge, como se um céu limpo por trás das nuvens fosse revelado... e você percebe que a vida já está aqui (sempre esteve), completa e indivisa. Não há nada a alcançar, nada a consertar, nada a entender. Tudo simplesmente é.
Assim foi, assim é e assim será !!!

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Maylson
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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Fri Jan 24, 2025 8:05 pm

Boa tarde, Franchi!
“kkkkkkkkkk... a conversa está acontecendo, mas quem está falando com quem????? É tudo tão surreal quanto nossa existência...”
Há apenas a conversa, surgindo e desaparecendo no imediato momento. 😊

Sim, se formos tentar processar mentalmente a existência, em geral a sensaçao que surge é a perplexidade. Hahaha

Franchi, com base nas nossas últimas conversas, parece que você já consegue enxergar além da ilusão do 'eu'. Está claro para você, na sua experiência direta, que não existe um 'eu' separado? Essa crença do "eu separado" se dissolveu, ou ainda resta alguma dúvida que queria explorar?
May.

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― Jiddu Krishnamurti

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Franchi
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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Fri Jan 24, 2025 8:20 pm

Boa tarde, querido May!!!
Há apenas a conversa, surgindo e desaparecendo no imediato momento. 😊
Como sempre foi, embora só agora isso seja claro.
Sim, se formos tentar processar mentalmente a existência, em geral a sensação que surge é a perplexidade. Hahaha
Diria que esta perplexidade ainda está sendo experienciada por mim... Não chega a ser um êxtase, mas é uma sensação engraçada, por entender que fomos de certa forma "enganados" por tanto tempo, sendo que não há nada escondido ou ocultado... E enganados por quem se não há ninguém de fato??? São paradoxos atrás de paradoxos... E o melhor de tudo, nada precisa ser resolvido e nada precisa fazer sentido ou ter lógica.
Franchi, com base nas nossas últimas conversas, parece que você já consegue enxergar além da ilusão do 'eu'. Está claro para você, na sua experiência direta, que não existe um 'eu' separado? Essa crença do "eu separado" se dissolveu, ou ainda resta alguma dúvida que queria explorar?
Está bastante claro, já não me reconheço como um eu individualizado, mas sim como manifestação da própria vida na experiência imediata. Assim como tudo o é ...
Este eu separado foi uma ilusão que aconteceu por muito tempo, mas que se desfez com a clareza do ver, saber, sentir, deixando de lado especulações, projeções, julgamentos, rotulagens e demais movimentos mentais. Tudo apenas é...
Ainda há movimentação mental e pequena resistência que se apresentam vez ou outra, mas que fazem parte da manifestação do todo e que assim são vivenciados.
As leituras sobre a não dualidade ainda acontecem, mas em caráter mais suave e despreocupado.
Nada de novo surgirá porque a verdade é mais clara do que qualquer ensinamento, mas é muito interessante experienciar como algo tão simples pode ser mostrado por tantas perspectivas e nuances diferentes.
Agradeço muito por toda sua dedicação e tempo dedicados!!!
A clareza da suas exposições dirimiram muitas dúvidas e insegurança que se manifestavam em mim.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Fri Jan 24, 2025 10:08 pm

Boa tarde, Franchi!!! :)

“Diria que esta perplexidade ainda está sendo experienciada por mim... Não chega a ser um êxtase, mas é uma sensação engraçada, por entender que fomos de certa forma "enganados" por tanto tempo, sendo que não há nada escondido ou ocultado... E enganados por quem se não há ninguém de fato??? São paradoxos atrás de paradoxos... E o melhor de tudo, nada precisa ser resolvido e nada precisa fazer sentido ou ter lógica.”
"Sim, quando tentamos conceitualizar ou simplesmente usar a linguagem para descrever isso, o paradoxo fica ainda mais evidente, rsrs... De fato, é muito engraçado, né?

Exatamente, as coisas simplesmente são como são. Talvez essa seja a "rendição", essa abertura para apreciarmos o que é, sem a necessidade de moldar ou distorcer. E nesse espaço, não há necessidade de fazer sentido, porque o sentido já está na experiência pura, simplesmente vivida, sem ser tocada por palavras.

Existe uma liberdade muito bonita no não saber. Viver como um pulo em queda livre, sem chão, onde tudo pode acontecer, tudo pode se manifestar... Isso não é incrível? Digo, há um potencial infinito em tudo, e acho isso lindíssimo."

“Está bastante claro, já não me reconheço como um eu individualizado, mas sim como manifestação da própria vida na experiência imediata. Assim como tudo o é ...
Este eu separado foi uma ilusão que aconteceu por muito tempo, mas que se desfez com a clareza do ver, saber, sentir, deixando de lado especulações, projeções, julgamentos, rotulagens e demais movimentos mentais. Tudo apenas é...
Ainda há movimentação mental e pequena resistência que se apresentam vez ou outra, mas que fazem parte da manifestação do todo e que assim são vivenciados.
As leituras sobre a não dualidade ainda acontecem, mas em caráter mais suave e despreocupado.
Nada de novo surgirá porque a verdade é mais clara do que qualquer ensinamento, mas é muito interessante experienciar como algo tão simples pode ser mostrado por tantas perspectivas e nuances diferentes.”
Que ótimo! Fico feliz de saber!!!

Quanto ao movimento mental, isso é normal. Os pensamentos não vão desaparecer, mas a forma como os encaramos tende a mudar. E, Franchi, eu diria que, assim como a existência em sua totalidade, o desdobramento desse 'despertar' é infinito e está em constante expansão. Permaneça aberto e aproveite!"

Aqui estão as perguntas finais do LU. Outros guias terão acesso às suas respostas para confirmar, e, posteriormente, se você tiver interesse, poderá ser adicionado ao grupo de acompanhamento no Facebook e, quem sabe, até começar a guiar, caso deseje.

Tenha seu tempo para responder e divirta-se! 😊

1 - Existe alguma entidade separada chamada 'EU', em algum lugar, de alguma forma, em qualquer forma ou aspecto? Já existiu alguma vez?


2 - Explique em detalhes o que é a ilusão do 'eu' separado, quando começa e como funciona, a partir da sua própria experiência. Descreva-a completamente como você a vê agora.


3 - Como é sentir isso? Qual a diferença em relação ao que você sentia antes de começar esse diálogo? Relate com base nos últimos dias.


4 - O que foi o último impulso que te fez olhar para isso?


5 - Descreva decisão, intenção, livre arbítrio, escolha e controle. O que faz as coisas acontecerem? Como isso funciona? Pelo que você é responsável? Dê exemplos a partir da sua experiência.


6 - Algo mais a acrescentar?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Tue Jan 28, 2025 4:11 pm

Bom dia, May!!!
Existe uma liberdade muito bonita no não saber. Viver como um pulo em queda livre, sem chão, onde tudo pode acontecer, tudo pode se manifestar... Isso não é incrível? Digo, há um potencial infinito em tudo, e acho isso lindíssimo."
Sem dúvida, no começo é algo um pouco assustador, mas depois que entendemos que não existe controle e que basta seguir o fluxo, a coisa fica bem suave!!!
Quanto ao movimento mental, isso é normal. Os pensamentos não vão desaparecer, mas a forma como os encaramos tende a mudar. E, Franchi, eu diria que, assim como a existência em sua totalidade, o desdobramento desse 'despertar' é infinito e está em constante expansão. Permaneça aberto e aproveite!"
Sim é bastante engraçado porque parece que tem um "vizinho fofoqueiro" em nossa mente, pois os pensamentos chegam sem ser convidados, mas agora não são acolhidos como se fossem meus ... Apenas burburinho ...
Isso reflete muito na qualidade de vida, pois deixamos de ser envolvidos em dramas desnecessários.
Aqui estão as perguntas finais do LU. Outros guias terão acesso às suas respostas para confirmar, e, posteriormente, se você tiver interesse, poderá ser adicionado ao grupo de acompanhamento no Facebook e, quem sabe, até começar a guiar, caso deseje.
Responderei com calma depois...

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Tue Jan 28, 2025 7:03 pm

1 - Existe alguma entidade separada chamada 'EU', em algum lugar, de alguma forma, em qualquer forma ou aspecto? Já existiu alguma vez?
De forma alguma, mera ilusão causada pelo condicionamento.

2 - Explique em detalhes o que é a ilusão do 'eu' separado, quando começa e como funciona, a partir da sua própria experiência. Descreva-a completamente como você a vê agora.
O eu separado inicia quando nos é atribuída uma identidade e aprendemos os pronomes pessoais possessivos... Isso é meu, isso é seu e por aí vai. Agora vejo como uma ilusão, uma crença que é passada através dos tempos. A crença do eu nos coloca como o eixo central da trama do universo, fazendo nos crer que estamos fazendo, escolhendo, o que desenvolve o senso egóico e fragmentado da vida.

3 - Como é sentir isso? Qual a diferença em relação ao que você sentia antes de começar esse diálogo? Relate com base nos últimos dias.
No início é bastante surreal e a gente acha que está até ficando louco, mas quando as dúvidas se vão, dá uma sensação de leveza e liberdade muito grandes. Nos últimos dias tenho passado por uma série de situações complexas que me causariam bastante preocupação e stress no passado, mas agora elas estão somente acontecendo e sendo resolvidas de acordo com o fluxo natural.
4 - O que foi o último impulso que te fez olhar para isso?
Não sei dizer se houve esse impulso e ainda acho que está tudo sendo "sorvido" e "degustado", ainda há muita surpresa e por vezes movimentos de resistência e de agitação mental ainda acontecem. Mas, acredito que o fato de ter percebido, com sua ajuda e orientações, que eu estava empacado num círculo de overseeking; cada vez querendo ler mais e ver mais vídeos, foi bastante importante. Quando dei uma relaxada, pude sentir e vivenciar um pouco mais, de coração aberto...

5 - Descreva decisão, intenção, livre arbítrio, escolha e controle. O que faz as coisas acontecerem? Como isso funciona? Pelo que você é responsável? Dê exemplos a partir da sua experiência.
Decisão é uma ação que será tomada e aparecerá em nossas experiências de acordo com o contexto que se apresentar, intenção é a ilusão de ter alguma vontade que na verdade se apresenta na experiência imediata... Livre arbítrio é a falsa sensação de que podemos interferir ou mudar o fluxo da experiência ou manifestação. Escolha, assim como a decisão é algo que aparentemente nós controlamos, quando na verdade é simplesmente manifestada. Controle é a grande causa da maioria de nosso problemas, porque é o falso sentimento de que podemos controlar, gerenciar e administrar a vida, quando simplesmente ela acontece e é...
Tudo funciona num fluxo natural e na manifestação do todo.
Sou responsável por entender que não sou o fazedor e que embora para todos os efeitos esteja representando um personagem, esse personagem segue e é parte integrante da manifestação, assim como tudo que existe, e tudo apenas acontece.
Na minha experiência, pude notar que tendo relaxado e seguido mais o fluxo de forma natural, não deixei de atuar como pai, marido e trabalhador, porém não me envolvo mais pessoalmente com todas as situações, entendendo que elas estão acontecendo e apenas estou as vivenciando, sem a preocupação de controlar, de mudar, então tudo se desenrola de forma mais fluída.
6 - Algo mais a acrescentar?
Gostaria apenas de agradecer e parabenizar a LU e o meu querido amigo May que conduziu o processo desde o início, tendo bastante paciência e perspicácia.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Wed Jan 29, 2025 5:14 pm

Oi, Franchi, boa tarde!


Como estão as coisas por aí? Como se sente?

Muito obrigado por responder as questões!



Veja algumas perguntas adicionais de um dos guias:

...with regards to to these lines from the answer: "I am responsible for understanding that I am not the doer" - please ask:


1) How do you control that this understanding is there or not there?

2) What exactly is responsible for this understanding?


Em português:



Em relação a estas linhas da resposta: "Eu sou responsável por entender que não sou o fazedor" - por favor, pergunte:

Como você controla se esse entendimento está presente ou não?

O que exatamente é responsável por esse entendimento?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Wed Jan 29, 2025 7:49 pm

Boa tarde, May !!!
Tudo indo bem!!!
E por ai´???
Ainda me sinto um pouco estranho de vez em quando, porque a revelação da verdade bota muita coisa em cheque e ao mesmo tempo temos que desempenhar nossas funções "normalmente" em nossas vidas, mas tendo esse entendimento que parece ser um "segredo" sobre tudo.
É engraçado como tudo se manifesta independente do que cada um acredita ou não.
Sei lá, acho um pouco de devaneio de minha parte...
Em relação a estas linhas da resposta: "Eu sou responsável por entender que não sou o fazedor" - por favor, pergunte:

Como você controla se esse entendimento está presente ou não?
Me perdoe, mas acho que me expressei mal ... Não me recordo porque escrevi "eu sou responsável"... Esse sentimento de não ser o fazedor está presente na própria observação da realidade imediata... As coisas estão simplesmente acontecendo e desde que não me apegue às narrativas que surgem na mente, sou como o movimento que está acontecendo num fluxo, não estou decidindo, não estou escolhendo, as coisas simplesmente acontecem.
O que exatamente é responsável por esse entendimento?
Acredito que a própria quebra da crença da identidade e da individualidade do ser são responsáveis por trazer este entendimento.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 30, 2025 4:12 pm

Oi, Franchi, boa tarde!



Com base em suas respostas o guia E. fez mais perguntas:

Por favor, observe e responda;

“As coisas estão simplesmente acontecendo e desde que não me apegue às narrativas que surgem na mente”

1 - O que é isso, esse "EU", que se apega ou não se apega?



2 - Existe uma escolha entre se apegar ou não se apegar?


"...sou como o movimento que está acontecendo num fluxo”


3 - Isso significa que o "eu" é mais como o movimento do que como o não-movimento?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 30, 2025 7:15 pm

Boa tarde, May !!!
Vamos lá...
1 - O que é isso, esse "EU", que se apega ou não se apega?
É a consciência que presencia os pensamentos, narrativas, etc.
2 - Existe uma escolha entre se apegar ou não se apegar?
Na verdade não existe, porque as coisas simplesmente acontecem, mas o que eu quis traçar foi uma comparação de como eu pensava antes, antes de entender a realidade e quando ainda me apegava às narrativas.

3 - Isso significa que o "eu" é mais como o movimento do que como o não-movimento?
o Eu, ser, presença é tudo, movimento ou não movimento. Mas na minha experiência, me sinto um movimento dentro deste espaço sem limites e sem fronteiras.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 30, 2025 8:21 pm

Oi, Franchi, boa tarde!


Repassei suas respostas para o guia, imagino que ele vai se aprofundar um pouco mais com mais perguntas, considero isso relevante e uma ótima oportunidade para investigar mais a questão da crença no EU e possíveis resquícios.


Enquanto ele não responde... vamos continuando aqui nosso diálogo.

“Ainda me sinto um pouco estranho de vez em quando, porque a revelação da verdade bota muita coisa em cheque e ao mesmo tempo temos que desempenhar nossas funções "normalmente" em nossas vidas, mas tendo esse entendimento que parece ser um "segredo" sobre tudo.
É engraçado como tudo se manifesta independente do que cada um acredita ou não.
Sei lá, acho um pouco de devaneio de minha parte...”

A estranheza que você sente é um sinal natural de que a mente está se reajustando à percepção de que não há um "eu" separado. É como se o chão antigo desabasse, mas, na verdade, você está começando a perceber que nunca houve um chão, só o espaço livre onde a vida dança.

Essa estranheza é apenas o resquício da ficção tentando se segurar. Parece que há um "alguém" que precisa conciliar um entendimento secreto com a vida normal, mas esse "alguém" nunca existiu. Nunca houve dois mundos. Nunca houve um "você" fazendo algo. A vida normal e o "segredo" são a mesma coisa... como a onda que um dia descobre que sempre foi o oceano.

Os filhos continuarão sendo criados, o trabalho continuará sendo feito, as contas continuarão sendo pagas... tudo acontecendo sem um 'eu' no comando... Chop wood, carry water...(imagino que você já deve ter ouvido essa expressão, rsrs).

O que acho engraçado não é nem que tudo se manifeste independentemente do que alguém acredita, mas sim que, em algum momento, pareceu que poderia ser diferente, rsrs. Como se as coisas estivessem esperando uma autorização para ser o que são. Mas a vida nunca precisou da sua permissão, nunca precisou da sua supervisão.

E quem é que está chamando isso de devaneio? Esse julgamento vem de onde? Quando você olha direto para isso, sem tentar encaixar em uma narrativa, o que sobra?




Sei que usamos palavras na tentativa de expressar o que sentimos, mas...quando voce diz:
“porque a revelação da verdade bota muita coisa em cheque...”
Quando você diz ‘revelação da verdade’, entendo que é a percepção direta de que o ‘eu separado’ nunca existiu — e isso realmente sacode todas as estruturas... Mas veja: até a palavra ‘verdade’ é só um conceito. O que está aí não é algo para ser colocado em cheque, mas o fim da necessidade de checar.
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Thu Jan 30, 2025 8:45 pm

Tarde!!!
Repassei suas respostas para o guia, imagino que ele vai se aprofundar um pouco mais com mais perguntas, considero isso relevante e uma ótima oportunidade para investigar mais a questão da crença no EU e possíveis resquícios.
Imaginei mesmo, e também vejo isso um ótima oportunidade para mim, pois parece que estou vivendo uma transição, que realmente ainda apresenta resquícios a serem sanados.
Um sinal disso foi a desconfiança em relação as perguntas, que surgiu como uma resistência, um pensamento, quando pude observar que havia uma espécie de proteção a algo, seja a mente, o ego, ou o que for.
A estranheza que você sente é um sinal natural de que a mente está se reajustando à percepção de que não há um "eu" separado. É como se o chão antigo desabasse, mas, na verdade, você está começando a perceber que nunca houve um chão, só o espaço livre onde a vida dança.
Exatamente, é uma sensação literalmente de perder o chão que se manifesta.
Essa estranheza é apenas o resquício da ficção tentando se segurar. Parece que há um "alguém" que precisa conciliar um entendimento secreto com a vida normal, mas esse "alguém" nunca existiu. Nunca houve dois mundos. Nunca houve um "você" fazendo algo. A vida normal e o "segredo" são a mesma coisa... como a onda que um dia descobre que sempre foi o oceano.
Acho que essa percepção da unidade de tudo ainda não se apresenta em mim de forma natural. Gostaria que isso fosse realmente sentido de coração na experiência imediata, e como você disse é tipo um resíduo mesmo...
Os filhos continuarão sendo criados, o trabalho continuará sendo feito, as contas continuarão sendo pagas... tudo acontecendo sem um 'eu' no comando... Chop wood, carry water...(imagino que você já deve ter ouvido essa expressão, rsrs).
Sim, o show não pode parar!!
O que acho engraçado não é nem que tudo se manifeste independentemente do que alguém acredita, mas sim que, em algum momento, pareceu que poderia ser diferente, rsrs. Como se as coisas estivessem esperando uma autorização para ser o que são. Mas a vida nunca precisou da sua permissão, nunca precisou da sua supervisão.
Para quem já tem essa percepção de forma plena, faz todo sentido.
E quem é que está chamando isso de devaneio? Esse julgamento vem de onde? Quando você olha direto para isso, sem tentar encaixar em uma narrativa, o que sobra?
Surgiu essa expressão, como que uma justificativa para os argumentos... Ninguém chamou e ninguém julgou, apenas apareceu... Olhando objetivamente, sem encaixar em narrativa, me parece um suspiro ecoando no ar.
Quando você diz ‘revelação da verdade’, entendo que é a percepção direta de que o ‘eu separado’ nunca existiu — e isso realmente sacode todas as estruturas... Mas veja: até a palavra ‘verdade’ é só um conceito. O que está aí não é algo para ser colocado em cheque, mas o fim da necessidade de checar.
Isso mesmo é a percepção da verdade que eu quis dizer. Entendi o que você disse e a frase "algo para ser colocado em cheque" ressonou para mim ...

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 30, 2025 11:23 pm

Oi, Franchi, boa noitee!

“Imaginei mesmo, e também vejo isso um ótima oportunidade para mim, pois parece que estou vivendo uma transição, que realmente ainda apresenta resquícios a serem sanados.
Um sinal disso foi a desconfiança em relação as perguntas, que surgiu como uma resistência, um pensamento, quando pude observar que havia uma espécie de proteção a algo, seja a mente, o ego, ou o que for.”

Ótimo! Parece que esses mecanismos mentais estão sendo vistos de forma mais crua e direta, ne? E olha que interessante, o próprio reconhecimento da resistência já mostra que não há ninguém ali controlando. A resistência simplesmente surgiu, como um pensamento dizendo ‘algo precisa ser defendido’. Mas isso é só mais um movimento da mente, tentando dar um sentido de controle a algo que acontece espontaneamente.

Se observar diretamente, até essa desconfiança (‘preciso me proteger’) vem e vai, como uma nuvem no céu. Você não diria ‘essa nuvem é minha’, certo? Do mesmo modo, o ‘ego’ nada mais é do que um nome dado a certos pensamentos que parecem ser donos da experiência.

“Acho que essa percepção da unidade de tudo ainda não se apresenta em mim de forma natural. Gostaria que isso fosse realmente sentido de coração na experiência imediata, e como você disse é tipo um resíduo mesmo...”


Perceba que esse 'resíduo' que parece faltar é justamente o que está sendo vivido agora, inclusive a própria sensação de que algo ainda não se tornou 'natural'. Até mesmo esse desejo de 'sentir a unidade no coração' já é a totalidade se expressando como inquietação. Não há um 'EU' separado que precisa alcançar ou internalizar isso, porque a experiência imediata já é inseparável.

A mente insiste em criar a ideia de um 'antes' e um 'depois', como se houvesse um caminho da fragmentação até a unidade, mas até essa narrativa surge dentro do que você é. A naturalidade que você busca não é um estado a ser conquistado, é o reconhecimento de que não há ninguém para conquistá-lo.

Experimente isto: Em vez de tentar 'sentir a unidade', simplesmente note como tudo, a respiração, o som ambiente, a sensação de 'falta', acontece sem pedir licença. Até a ânsia por uma experiência mais profunda é um fenômeno passageiro naquilo que você já é. A 'unidade' não é algo que o coração sente, é o fato de que não há coração separado do que é sentido. O ponto está em ver que até a ilusão de separação é feita da mesma substância que você chama de 'eu', e "totalidade”.

Toda vez que a mente diz "ainda não é natural", há uma oportunidade de perceber que o "ainda não" é um pensamento surgindo naquilo que nunca deixou de ser completo. A verdadeira naturalidade é ver que até a desnaturalidade é espontânea, como o vento que às vezes sopra forte e às vezes está quieto, mas nunca deixa de ser ar.
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Maylson » Thu Jan 30, 2025 11:34 pm

acabei esquecendo (minha memoria não é boa, rsrsr) de colar as perguntas...

Seguindo com a investigação, observe na sua experiência imediata e responda:

1 - O que é esse "eu" que se apega ou não se apega?
Franchi: É a consciência que testemunha pensamentos, narrativas etc.
(a) Na experiência direta, existe uma consciência separada dos pensamentos e dos sentidos, que pode testemunhar e se apegar ou não se apegar?


2 - Isso significa que o "eu" é mais como movimento do que não movimento?

Franchi: O eu, o ser, a presença é tudo — movimento ou não movimento. Mas, na minha experiência, sinto-me como um movimento dentro deste espaço ilimitado e sem fronteiras.

(b) Na experiência direta, você consegue encontrar um "eu" que é tudo, em vez de "tudo é tudo" e o "eu" é apenas um rótulo?


(c) Na experiência direta, você consegue encontrar um "eu" que se sente como movimento, ou apenas pensamentos, sensações e a ideia de "um eu que se sente como movimento" é uma crença?
May.

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Re: Seeking for oneness

Postby Franchi » Fri Jan 31, 2025 3:05 pm

Bom dia, May!!!
Ótimo! Parece que esses mecanismos mentais estão sendo vistos de forma mais crua e direta, ne? E olha que interessante, o próprio reconhecimento da resistência já mostra que não há ninguém ali controlando. A resistência simplesmente surgiu, como um pensamento dizendo ‘algo precisa ser defendido’. Mas isso é só mais um movimento da mente, tentando dar um sentido de controle a algo que acontece espontaneamente.
Sem dúvida, foi muito perceptível, porque surgiu uma sensação de desconforto, seguido de um sugestionamento de "algo precisa ser feito".
Se observar diretamente, até essa desconfiança (‘preciso me proteger’) vem e vai, como uma nuvem no céu. Você não diria ‘essa nuvem é minha’, certo? Do mesmo modo, o ‘ego’ nada mais é do que um nome dado a certos pensamentos que parecem ser donos da experiência.
Exatamente, é uma sensação que oscila e por fim perde força... Sim, o ego é um rótulo também.
Perceba que esse 'resíduo' que parece faltar é justamente o que está sendo vivido agora, inclusive a própria sensação de que algo ainda não se tornou 'natural'. Até mesmo esse desejo de 'sentir a unidade no coração' já é a totalidade se expressando como inquietação. Não há um 'EU' separado que precisa alcançar ou internalizar isso, porque a experiência imediata já é inseparável.
Acho que você tocou num ponto importante, é uma inquietação que incomoda... Entendo que não há ninguém que precise alcançar isso, pois não há quem e nem o que a ser alcançado...
A mente insiste em criar a ideia de um 'antes' e um 'depois', como se houvesse um caminho da fragmentação até a unidade, mas até essa narrativa surge dentro do que você é. A naturalidade que você busca não é um estado a ser conquistado, é o reconhecimento de que não há ninguém para conquistá-lo.
Muito esclarecedor!!! É esta a sensação que estava me aparecendo... Um caminho a percorrer... Mas a ser percorrido por quem???
Experimente isto: Em vez de tentar 'sentir a unidade', simplesmente note como tudo, a respiração, o som ambiente, a sensação de 'falta', acontece sem pedir licença. Até a ânsia por uma experiência mais profunda é um fenômeno passageiro naquilo que você já é. A 'unidade' não é algo que o coração sente, é o fato de que não há coração separado do que é sentido. O ponto está em ver que até a ilusão de separação é feita da mesma substância que você chama de 'eu', e "totalidade”.
Posso ler este parágrafo por muitas vezes porque aqui está a essência, a chave !!! Já estou colocando em prática este precioso ensinamento!!!!
Toda vez que a mente diz "ainda não é natural", há uma oportunidade de perceber que o "ainda não" é um pensamento surgindo naquilo que nunca deixou de ser completo. A verdadeira naturalidade é ver que até a desnaturalidade é espontânea, como o vento que às vezes sopra forte e às vezes está quieto, mas nunca deixa de ser ar.
Entendido!!! Parece que são várias camadas de distração que nos velam a essência de tudo.
(a) Na experiência direta, existe uma consciência separada dos pensamentos e dos sentidos, que pode testemunhar e se apegar ou não se apegar?
Não, só de forma ilusória, a consciência é una e engloba tudo.
(b) Na experiência direta, você consegue encontrar um "eu" que é tudo, em vez de "tudo é tudo" e o "eu" é apenas um rótulo?
o Eu é apenas um rótulo, na experiência direta só existe o todo ou o tudo se manifestando.
(c) Na experiência direta, você consegue encontrar um "eu" que se sente como movimento, ou apenas pensamentos, sensações e a ideia de "um eu que se sente como movimento" é uma crença?
Este eu é uma ilusão, uma crença baseada em sensações e pensamentos, o movimento é do todo, da unidade, em sua manifestação.


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